quarta-feira, 29 de maio de 2013

Solo Seco


Vosso sangue e vossa alma
Aqui não trazeis
Não perturbais a vossa calma
Neste solo severo
Corvos pútridos são aqueles
Que jazem na estrada.
Aos abutres é lançada
Vossa esperança
Ó, filho do homem e do pecado,
Não há espaço para vós
Onde a gota d’água não cai
E onde a vida se retrai.
Solo seco e severo
Da manhã árdua
Do castigo e do desespero
Atentai-vos então
Ao sol que não se deita;
Aqui não há colheita.
Bem aventurados são aqueles
Que aqui não se aventuram,
Que aqui não colocam o pé.
Prazer, meus amigos!
Aqui quem vos fala e descreve

É o vosso querido Nordeste!

Fradique Borges (9º ano A)