Nos argumentos favoráveis a uma das mais recentes e polêmicas discussões
populares, a legalização do aborto de fetos anencéfalos, tem-se encontrado
diversos pontos sensíveis, tais como brechas constitucionais, argumentação
anti-religiosa, ética e até imoral, não condizentes com um convívio harmônico e
civilizado.
Não é desrespeitoso, tendencioso ou mesmo opinativo afirmar que, conforme
claúsulas permissivas ao aborto são aprovadas abre-se caminho para a
legalização geral do aborto, sendo, portanto, anti-constitucional, pois toma
caminhos legais, porém não democráticos, para estabelecer leis.
Inclusive, a desonestidade permanece quaisquer que sejam os motivos de
um aborto. Por muito, há manipulação das informações e é feito o uso de
inverdades científicas e médicas, tais como a incompatibilidade total de feto
anencéfalo com a vida.
A responsabilidade materna representa um grande peso nessa balança, aliás,
somente mulheres bem-informadas e dotadas de valores morais poderiam tomar tal
decisão, e essas são verdadeiras excessões, vistos os métodos contraceptivos
disponíveis para a relação de gestações indesejadas. Enfim, o argumento
feminista de autonomia corporal, ou de sofrimento da mãe com um feto anencéfalo
a ser gerado e suas consequências, poderiam ser rebatidos com responsabilidade
e maturidade da mãe.
Por fim, o conjunto de elementos negativos que trazem e ficam com o aborto, de
qualquer espécie, mostra sua natureza abominável, e deixa claro que além das
autoridades, a população se encontra despreparada para o assunto, com um
Supremo Tribunal Federal que toma decisões infelizes.
João Paulo de Oliveira Kaluf
3º ano - Ensino Médio
3º ano - Ensino Médio