quarta-feira, 30 de março de 2011

Dom Casmurro

Querido Bentinho ,

Se estás a ler esta carta é porque já vim a falecer . Venho por meio desta lhe informar que as suas suspeitas eram verdadeiras desde o inicio .

Vários fatos cercaram suas suposições e mesmo você estando dominado por seu ciúme incessante , infelizmente estava correto em suas suposições .

A tentação foi crescendo e evoluindo , de acordo com a intensidade de nossa rotina nas noites de gala , jantares sofisticados , idas ao teatro e apreciação de arte em nossa cidade , onde você e eu , além de Escobar e sua esposa , minha grande amiga de infância Sancha nos encontrávamos e divertiamo-nos intensamente .

Nisto o pecado tomou-me e naquele derradeiro dia em uma de suas visitas a sua estimada mãe na rua de Mata-Cavalos , Escobar apareceu em nossa casa para procurar-ti e o fogo ardente e proibido da tentação nos tomou , a traição estava consumada .

Como fruto desta única e proibida relação , veio a nascer Ezequiel um menino que cresceu pensando ser seu filho , mas as evidencias não mentem e tudo o leva ao verdadeiro e legitimo pai , que também faleceu em um dia triste para nós , diante do poderoso e inabalável mar .

Estas evidências se iniciam no nome , o mesmo do pai biológico e se estendem durante toda a infância desde o dom para os números , as imitações que fazia para agradar e chamar a atenção de quem quer q seja e com o passar dos anos se parecendo cada vez mais com Escobar , tanto mo aspecto fisiológico quanto no psicológico , fato que a sempre astuta e direta prima Justina destacou em um almoço de domingo na casa de sua mãe .

Admito que errei , não espero que me perdoe , mas um fato é verídico : eu nunca me entreguei pela metade e nunca deixei de amá-lo

Capitu

Lucas Zoca - 2º T

C-CARTA

Bentinho, estou lhe escrevendo esta carta para confessar que o trai, com seu amigo Escobar.

Vou contar para você o que aconteceu:

Quando sua mãe estava doente, fiquei com ela em casa vários dias, enquanto você, se encontrava no seminário. Em um dia, você foi nos visitar, e levou Escobar para jantar conosco, quando eu olhei pra ele, senti uma coisa estranha, um sentimento que nunca tinha sentido, era um encanto, uma admiração enorme que senti por ele.

Quando saíram do seminário, José dias veio me perguntar se eu sentia tipo de pressão para me casar com você. Eu disse que não sentia pressão alguma, mas apenas queria realizar um antigo desejo.

Depois que disse isso á José dias pensava no encanto que tive por Escobar, e ao mesmo tempo, lembrei de quando você foi ao quintal de minha casa, e eu tinha escrito seu nome na parede, e lembrei do nosso beijo que aconteceu quando você penteava meu cabelo, e, logo após o beijo minha mãe chegou.

Estava com uma dúvida cruel. Ou casava com uma pessoa que amei toda minha adolescência, ou apostava minhas fichas em um homem que mal conhecia, mas senti um encanto.

Escolhi você, e só eu e um medico sabemos que engravidei de você duas vezes, mas ambas sofri um aborto espontâneo. Como minha vontade por ter filho se tornava obsessão, resolvi apelar para o adultério, e quando você não estava presente jogava meu charme em Escobar, que não resistiu, e me concedeu uma gravidez que gerou Ezequiel.

Escobar jurou-me que não lhe contaria sobre o adultério e espero que eu seja a primeira que lhe contou isso.

Hoje estou na Suiça, e Ezequiel, já crescido voltou para passar um tempo com você.

Queria deixar claro, que mesmo não acreditando que você me perdoaria, te pedir desculpa por esse grande erro que cometi, e dizer que você foi, e sempre será o homem que eu amo.

Gabriel Faraco - 2º T