terça-feira, 22 de setembro de 2009

A mais impura verdade

Pode-se dizer que mentir é mais comum do que se parece. A mentira faz parte da vida do ser humano e tem o poder de transformar a simples realidade em uma maravilhosa idealização.
Mentir em uma entrevista de trabalho ou para amigos sobre uma viagem de férias torna-se uma necessidade psicológica, uma vez que as atitudes humanas mostram que ser apenas comum, mesmo que essa seja a realidade, não o suficiente. Logo, torna-se mais do que viável tornar o currículo melhor ou a história mais engraçada.
Viver em uma realidade paralela faz-se necessário a um indivíduo que mente compulsivamente. É inevitável concluir que um dos principais papéis da mentira é livrar do sofrimento e de possíveis consequências ruins. Então, mesmo que a pessoa não minta compulsivamente, escapar, às vezes, para a realidade paralela da mentira faz-se a melhor solução para grandes problemas.
É valido avaliar também que as mentiras não sustentam apenas invenções pessoais; elas também fazem parte de toda uma sociedade. Crianças ouvem mentiras desde pequenas, seja para serem disciplinadas ou para ajudá-las a criar um mundo imaginário, que transformam a Páscoa e o Natal em datas especiais com personagens que trazem ovos de chocolate e vários presentes para todos.
Portanto, conclui-se que seja para parecer melhor, para evitar o sofrimento ou para satisfazer desejos de uma sociedade, a mentira se faz presente, tanto como uma simples brincadeira ou como uma necessidade, mas sempre buscando a fuga da normal e “sem-graça” realidade.


João Alfredo Alineri Ramos – Extensivo - Manhã

Cavalo de Tróia

Na antiguidade ocidental, gregos presentearam troianos com um enorme cavalo de madeira, em cujo interior havia soldados. A estratégia era conseguir entrar em território inimigo e fazer um ataque surpresa, utilizando, para isso, um velho artifício chamado mentira.
Mentir para enganar, mentir para conquistar, para agradar ou, ainda, por hábito, simplesmente. A liberdade de pensamento individual nos dá o poder da escolha: dizer a verdade ou camuflá-la? Assim, cabe ao juízo e aos princípios de cada um a decisão.
No jogo das conquistas, há quem opte por vencer mantendo-se íntegro ou corrompendo-se. A mentira, a enganação, muitas vezes, aparecem como meios fáceis de atingir objetivos. Dessa maneira, surgem vários tipos de “presentes de grego”, cada um elaborado a seu modo, mas com a mesma inverdade embrulhada.
No entanto, quando alguém faz do mentir um hábito, cria-se uma indústria de cavalos de Tróia, cujos soldados atingem um grande número de pessoas. A mentira passa a ser vício, doença, distúrbio mental. E o que seria um simples presente se torna um problema patológico, digno de sério tratamento.
Mas, é claro, há também quem saiba mentir em momentos adequados: seja no 1º de abril, seja para manter um grande segredo ou mesmo para salvar uma pessoa. É o que pode ser chamado de “mentira saudável”, já que não prejudica nem fere a dignidade de ninguém.
Há, portanto, muitos meios de mentir, muitas formas de enganar. Mas a verdade, seja ela dita ou esteja ela dentro de nós, deve sempre existir. Compete a cada um decidir o que colocar dentro dos nossos cavalos de madeira: a mentira de couber ou a verdade que houver.


Júlia Teixeira Parra
Extensivo

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Escola e a Vida – O Que é Importante Aprender

No século XXI, é preciso aprender a aprender, ou seja, desenvolver a habilidade de adquirir conhecimentos novos o tempo todo, pois com a quantidade e diversidade de informações que o mundo globalizado oferece, não é necessário memorizar tudo. Basta ter fontes confiáveis e saber interpretá-las.
O currículo escolar se tornou obsoleto, pois não responde mais ás necessidades do mundo atual. Luciano Mendes, do Grupo de Estudos e Pesquisa em História da Educação da UFMG, afirma que quando a lição não faz sentido para a vida do aluno, ele não a absorve, fazendo-se necessária uma formação mais crítica e cultural, que envolva o cinema, o teatro e a vida urbana.
O mundo de ontem era estático e cheio de fronteiras, hoje é dinâmico e globalizado. Nunca houve tanta facilidade de acesso às informações, sendo muitas delas falsas. Por isso, ter pensamento crítico é fundamental para filtrar e interpretar o conhecimento. Sendo assim, as escolas devem situar o estudante no mundo e ensiná-lo a trabalhar com o conhecimento que possui em mãos e, a partir dele, encontrar seus pontos fortes e direcioná-los para certa área, focando-o à realização.
O novo modelo do ENEM é considerado um início da reestruturação no ensino brasileiro, pois abrange quatro grandes áreas de conhecimento com questões em que é preciso selecionar informações e relacioná-las a outras disciplinas para encontrar uma solução.
Portanto, o ensino não pode mais ser um amontoado de conhecimentos padronizados para toda a vida, cheios de “pratos indigestos e sem sabor”. Os alunos querem “pratos gostosos e de sabores variados”, que poderão ser relacionados ao cotidiano dos educandos. Tendo senso crítico, o estudante pode se adaptar ao novo mundo.



Lucas Bonino Silva – 3º N
COC Ensino Médio