terça-feira, 29 de novembro de 2011

DIAS FELIZES

Me lembro de dias felizes

Quando eu sorria facilmente

Quando eu andava livremente

Quando eu não tinha com o que me preocupar

Tinha apenas que brincar

Esses dias se passaram muito rápido...

Hoje tenho amargura em meus dias

A seriedade invadiu meu rosto

As preocupações se apossaram da minha mente

O ódio tomou conta de minhas atitudes

Quando voltarei a ser feliz novamente?


EDUARDO RIBAS (2º ano A - Ensino Médio)

AQUELE ALGUÉM ESPECIAL

A que devo comparar-te?

Ao céu que, após a escuridão, sempre volta a brilhar?

À flor, por sua sensibilidade?

À luz que ilumina meus dias?

Ao mel, por sua doçura?

Difícil lhe comparar a algo.

O que sinto por ti?

A paixão que me faz lembrar do seu beijo?

O amor, por te querer ao meu lado?

A tristeza, por não te ter junto a mim?

A alegria, por me lembrar do seu sorriso?

Tudo junto é o que sinto por você

Algo ainda indescritível.


EDUARDO RIBAS (2º ano A - Ensino Médio)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Consciência Inexistente

A adolescência, por si própria, já se trata de uma fase conturbada. Junto com a gravidez, pode se tornar ainda mais laboriosa, uma vez que a responsabilidade de cuidar de outro ser humano não é facilmente encontrada nessa idade. Um documentário gravado nos últimos anos, intitulado “Meninas”, mostra de forma abrangente e clara essa situação, evidenciando-se as condições psicológicas e de vida de cada uma das garotas participantes. A partir dele, podemos ver como a alienação, a falta de uma estrutura familiar e o ambiente têm um papel imprescindível para a perpetuação dessa circunstância preocupante.

Não há muito que colabore para a formação de uma consciência crítica; logo, muitos podem ser considerados responsáveis pela iniciação da vida sexual e da gravidez precoces. Principalmente, pode-se notar a falta de competência do Estado, que oferece métodos contraceptivos, mas deixa de instruir os jovens a respeito do seu uso, das atividades sexuais e das conseqüências de ter um bebê durante a puberdade. O que é feito atualmente, consequentemente, se torna infrutífero, já que não é capaz de atingir os que mais precisariam de seu apoio, ou seja, os que não possuem um conhecimento satisfatório acerca do assunto.

Em grande parte das ocorrências das gravidezes na adolescência, outro alicerce fundamental falta: o suporte e o exemplo familiares. Da mesma forma que os jovens atuais não têm oportunidades de criar um senso crítico, em grande parte, seus pais também não o possuem. Dessa forma, é criado um ciclo vicioso, em que cada geração permanece alheia ao mundo.

Além disso, a mídia frequentemente prejudica a formação psicológica dos adolescentes, ao incitá-los à sensualidade, beleza, liberdade sexual e libido. Em outras palavras, ao início de uma vida sexual precoce.

Finalmente, existe também o ambiente em que se encontram, que, como descrito avidamente nas obras naturalistas, propicia ao comportamento predominante naquele meio. Como não há uma boa formação geral e , em sua maioria, as pessoas são pouco instruídas, os mais novos são instigados a agirem de forma inconseqüente. Se um filho resulta dessas ações, as mesmas condições lhes são aplicadas, gerando descendentes que estão praticamente fadados aos destinos dos pais. Assim, o ciclo se fortalece e prevalece indefinitivamente.

Portanto, a chance de melhoria no contexto da gravidez na adolescência é ínfima. Embora haja sempre projetos sociais tentando amenizar a pobreza, o contexto de alienação faz parte do sistema neoliberalista, que rege o país. Desse modo, sem grandes investimentos no setor, dificilmente serão criadas condições para dar um fim a essa avalanche contínua de ignorância. Resta esperarmos pela consciência crítica que nunca virá.

Elisa Saltori Trujillo
2ª série - Ensino Médio

terça-feira, 26 de julho de 2011

O QUE PRECISAMOS

Tudo que preciso é para crer,
preciso sonhar e poder amar,
preciso amar para poder viver.
É preciso viver para ganhar.

É preciso ganhar para perder,
preciso perder e continuar,
preciso continuar a correr.
É preciso correr a algum lugar.

Preciso levar o mundo adiante,
levar para algum lugar distante.
Os nossos valores serão profundos.

É preciso que sejamos amantes
e nós temos de melhorar bastante,
ir fundo para melhorar o mundo.

Gabriele Martins de Oliveira Silva – 8º ano C

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um dia sem meu celular

- Veridiana, levanta filha! Já passou da hora!

Me revirei em minha cama, cobrindo meu rosto com meu cobertor. A luz forte do meu quarto me fazia delirar.

Tive alguns poucos minutos a mais de preguiça, mas tive que me levantar... Se ate meu celular já tocava, anunciando que eram três da manha, eu realmente estava atrasada.

- Anda logo Veridiana, seu avo já esta chegando a gente vai pra São Paulo hoje ver seu visto, caso não se lembra.

-AAAAAAI. Ta estou levantando.

Me levantei, e ainda com os olhos fechados, coloquei Jean, blusa branca, peguei minhas coisas e me joguei no sofá da sala, esperando meu avo Souza.

- Quanta coisa, credo! O que você vai levar filha?

-Maquiagem, roupa reserva, celular, e tal. Tudo.

- Exagero, mas não importa.

Meu avo buzinou e saímos.

A viagem de algumas horas foi bem cansativa, mais por fim, chegamos.

O consulado americano era interessante. Por volta do meio dia, mamãe e vovo foram pagar as ultimas coisas e eu resolvi voltar pro carro.

Peguei meu celular que estava na bolsa da minha mãe, minha jaqueta jeans. Para meu azar, meu celular estava sem bateria.

“Pelo menos ainda sei onde esta o carro... Bom, eu acho.” Pensei comigo mesma.

Pena que eu pensei errado, e acabei me vendo perdida na grande São Paulo. Sozinha. Com meus pés doendo por causa do salto. Sem celular. “Que lindo!” Pensei.

Uma brisa fria passou por mim, e fechei minha jaqueta.

“Pelo menos, não esta chovendo... Posso procurar um orelhão e ver se falo com alguém de Franca...” Pensei.

Mal pensei isso e uma gota fria caiu na minha testa.

- Ah, que meigo! – Reclamei.

A chuva veio com tudo, me fazendo entrar em um prédio, o qual era grande e muito, muito chique.

Algumas poucas pessoas estavam na recepção. Todos muito bem vestidos. “Ótimo, agora que já estou aqui vou falar com a recepcionista.” Pensei.

Me dirigindo ate o balcão, uma mulher me puxou pelo braço e começou a falar rápido comigo. Era ate engraçado, como se ela me conhecesse.

- Mayara, onde a senhorita estava? Seu pai ficou louco por causa da sua ausência no almoço. E suas roupas? Melhor, você esta usando trapos! Ainda bem que o motorista esta aqui. Você vai pro salão agora, antes que seu pai te veja, antes que os fotógrafos te vejam!

- Mas...

-Vamos, a limusine esta logo ali... – Ela me puxou pelo braço ate a porta e falou algo com o motorista, que me cumprimentou com um aceno e foi me levando.

- Aonde vamos?

- Salão madame.

- Eu não sou madame.

- Senhorita Mayara, sabe que não sou permitido a falar com a senhorita, não alem do necessário. Suas roupas estão nesta caixa ao seu lado. Se troque. – Disse ele, fechando a janela entre nos.

Achei melhor me trocar, e assim o fiz. “Essa tal de Mayara com a qual estão me confundindo, devia aprontar algumas poucas e boas, para nem sequer falar com o motorista...”

Coloquei a blusa de renda, a saia preta de cós alto, o salto vermelho e uma jaqueta jeans. Tudo de marca – Obvio.

Desci por fim, em um salão, muito chique, onde fui recebida com vinho e tratada como rainha. Fizeram minhas unhas, meu cabelo, e tudo mais.

Por volta das quatro e meia da tarde, sai, pronta do salão, mandando ligarem pro meu pai para pagarem a conta. Estava simplesmente deslumbrante.

Um garoto lindo, mas muito lindo mesmo, me esperava numa moto.

-Mayara!

-Eu não sou a Mayara. Por favor, fala que viu que não sou ela. Todo mundo ta me confundindo com ela, e nem de São Paulo não sou!

Ele me olhou pasmo, e aplaudiu.

- Suas aulas de teatro estão funcionando, hein? Vamos May.

Ele me puxou e me segurando pela cintura e meu rosto, beijou meus lábios. Colocou capacete, subiu na moto, e eu acabei fazendo o mesmo.

Fomos a um apartamento. Era grande e lindo.

- Meu anjo, vou tomar um banho. Você vem?

- Eu tenho que fazer algumas ligações mais já vou meu bem.

-Ta bem. Aqui meu celular, se quiser pode usá-lo.

Disquei sem pensar duas vezes, no numero da minha mãe. Que em poucos minutos apareceu lá com alguns carros de policia.

Antes dela aparecer, a verdadeira Mayara chegou e finalmente resolvemos a situação. O que havia acontecido, havia sido apenas um mal entendido. Ela passou a noite na casa de uma amiga e agora ia surpreender o namorado.

Esclarecemos a situação e por fim, acabamos jantando todos juntos, e voltei pra Franca com historias e presentes para todos.

Veridiana Souza da Silva
1º T

quarta-feira, 30 de março de 2011

Dom Casmurro

Querido Bentinho ,

Se estás a ler esta carta é porque já vim a falecer . Venho por meio desta lhe informar que as suas suspeitas eram verdadeiras desde o inicio .

Vários fatos cercaram suas suposições e mesmo você estando dominado por seu ciúme incessante , infelizmente estava correto em suas suposições .

A tentação foi crescendo e evoluindo , de acordo com a intensidade de nossa rotina nas noites de gala , jantares sofisticados , idas ao teatro e apreciação de arte em nossa cidade , onde você e eu , além de Escobar e sua esposa , minha grande amiga de infância Sancha nos encontrávamos e divertiamo-nos intensamente .

Nisto o pecado tomou-me e naquele derradeiro dia em uma de suas visitas a sua estimada mãe na rua de Mata-Cavalos , Escobar apareceu em nossa casa para procurar-ti e o fogo ardente e proibido da tentação nos tomou , a traição estava consumada .

Como fruto desta única e proibida relação , veio a nascer Ezequiel um menino que cresceu pensando ser seu filho , mas as evidencias não mentem e tudo o leva ao verdadeiro e legitimo pai , que também faleceu em um dia triste para nós , diante do poderoso e inabalável mar .

Estas evidências se iniciam no nome , o mesmo do pai biológico e se estendem durante toda a infância desde o dom para os números , as imitações que fazia para agradar e chamar a atenção de quem quer q seja e com o passar dos anos se parecendo cada vez mais com Escobar , tanto mo aspecto fisiológico quanto no psicológico , fato que a sempre astuta e direta prima Justina destacou em um almoço de domingo na casa de sua mãe .

Admito que errei , não espero que me perdoe , mas um fato é verídico : eu nunca me entreguei pela metade e nunca deixei de amá-lo

Capitu

Lucas Zoca - 2º T

C-CARTA

Bentinho, estou lhe escrevendo esta carta para confessar que o trai, com seu amigo Escobar.

Vou contar para você o que aconteceu:

Quando sua mãe estava doente, fiquei com ela em casa vários dias, enquanto você, se encontrava no seminário. Em um dia, você foi nos visitar, e levou Escobar para jantar conosco, quando eu olhei pra ele, senti uma coisa estranha, um sentimento que nunca tinha sentido, era um encanto, uma admiração enorme que senti por ele.

Quando saíram do seminário, José dias veio me perguntar se eu sentia tipo de pressão para me casar com você. Eu disse que não sentia pressão alguma, mas apenas queria realizar um antigo desejo.

Depois que disse isso á José dias pensava no encanto que tive por Escobar, e ao mesmo tempo, lembrei de quando você foi ao quintal de minha casa, e eu tinha escrito seu nome na parede, e lembrei do nosso beijo que aconteceu quando você penteava meu cabelo, e, logo após o beijo minha mãe chegou.

Estava com uma dúvida cruel. Ou casava com uma pessoa que amei toda minha adolescência, ou apostava minhas fichas em um homem que mal conhecia, mas senti um encanto.

Escolhi você, e só eu e um medico sabemos que engravidei de você duas vezes, mas ambas sofri um aborto espontâneo. Como minha vontade por ter filho se tornava obsessão, resolvi apelar para o adultério, e quando você não estava presente jogava meu charme em Escobar, que não resistiu, e me concedeu uma gravidez que gerou Ezequiel.

Escobar jurou-me que não lhe contaria sobre o adultério e espero que eu seja a primeira que lhe contou isso.

Hoje estou na Suiça, e Ezequiel, já crescido voltou para passar um tempo com você.

Queria deixar claro, que mesmo não acreditando que você me perdoaria, te pedir desculpa por esse grande erro que cometi, e dizer que você foi, e sempre será o homem que eu amo.

Gabriel Faraco - 2º T